domingo, 22 de abril de 2018

Reino fungi: 

Características gerais: 

O Reino Fungi é formado pelos fungos que conhecemos como mofos, bolores e cogumelos. Eles são seres eucariontes podendo ter uma ou mais células, unicelular e pluricelular respectivamente. Eucariontes são os seres que, em suas células, possuem a carioteca, uma membrana que separa o núcleo (que contém o material genético) do citoplasma da célula (onde ficam as demais organelas). Os fungos têm muitas interações com o ser humano. Eles são usados na medicina (base do antibiótico penicilina), são diretamente consumidos na alimentação como shimeji e champignon ou indiretamente consumidos como em pães e bebidas alcoólicas, pois são usados para fermentação; e podem causar doenças como a micose.

Nutrição:


Todos os seres desse reino são heterotróficos, ou seja, não produzem seu próprio alimento, precisando de obter energia de outros lugares. Para isso eles podem se associar com outros seres, por exemplo algas e raízes de plantas formando na ordem os líquens e as micorrizas. Nessas associações os fungos conseguem alimento e fornecem alguns nutrientes beneficiando os dois seres (mutualismo). Eles também se alimentam de materiais em decomposição e podem ser parasitas. Os fungos realizam digestão extracelular, liberação enzimas que digerem o alimento que é absorvido e distribuído pelo corpo por difusão.

Respiração:


Os fungos fazem respiração aeróbia utilizando oxigênio na troca gasosa. Porém alguns são capazes de respirar mesmo na ausência de oxigênio fazendo respiração anaeróbia, ou fermentação, como no caso das leveduras que ao invés de oxigênio acabam usando açúcar para obtenção de energia.

Estrutura:

Os seres pluricelulares, como os cogumelos, apresentam o corpo de frutificação (parte que fica acima do solo e é visível a olho nu). Abaixo do solo estão as hifas que se fixam no solo como se fossem raízes e juntas formam o micélio. É das hifas que surgem os corpos de frutificação. Os fungos unicelulares são as leveduras (usadas para fermentação).

Reprodução:

A reprodução dos fungos pode ser tanto sexuada quanto assexuada. A sexuada acontece somente em fungos pluricelulares onde ocorre a troca de material genético através da fusão de hifas. A reprodução assexuada pode ser feita tanto por fungos unicelulares quanto pluricelulares. Na sexuada não ocorre troca de material genético e pode ocorrer nos seres unicelulares por meio de brotamento no qual um novo ser brota no corpo de outro já existente e se solta depois de um período. Nos seres pluricelulares ocorre por separação dos micélios, que se desprende do indivíduo principal e dá início a outros seres e por esporulação, no qual ocorre a dispersão dos esporos que estão nos corpos de frutificação.
Classificação

Dentro desse reino existem quatro grandes divisões com grandes relevâncias ao ser humano: Zygomycota, Ascomycota, Basidiomycota e Deuteromycota.

O primeiro inclui fungos pluricelulares fazendo parte os bolores, mofos e os fungos que fazem associação com raízes de plantas. Os ascomicetos podem ser uni ou pluricelulares e incluem as leveduras e os que fazem associação com algas. Dentro dos basidiomicetos estão os cogumelos, fungos pluricelulares. Os deuteromicetos são fungos que só fazem reprodução assexuada e estão nessa divisão os fungos causadores de doenças como micoses, candidíase e 
frieiras.


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Características particulares:




Os ascomicetos, com cerca de 32.000 espécies, são os que formam estruturas reprodutivas sexuadas, conhecidas como ascos, dentro das quais são produzidos esporos meióticos, os ascósporos. Incluem diversos tipos de bolores, as trufas, as Morchellas, todos filamentos, e as leveduras (Saccharomyces sp.), que são unicelulares.




Os basidiomicetos, com cerca de 22.000 espécies, são os que produzem estruturas reprodutoras sexuadas, denominadas de basídios, produtores de esporos meióticos, os basidiósporos. O grupo inclui cogumelos, orelhas-de-pau, as ferrugens e os carvões, esses dois últimos causadores de doenças em plantas.




Os zigomicetos, com cerca de 1.000 espécies, são fungos profusamente distribuídos pelo ambiente, podendo atuar como decompositores ou como parasitas de animais. Os mais conhecidos é o Rhizobux stolonifer, bolor que cresce em frutas, pães e doces - seu corpo de frutificação é uma penugem branca que lembra filamentos de algodão, recheados de pontos escuros que representam os esporângios.




Os deuteromicetos, ou fungos conidiais, que já foram conhecidos como fungos imperfeitos, costituem um grupo de fungos que não se enquadra no dos anteriores citados. Em muitos deles, a fase sexuada não é conhecida ou pode ter sido simplesmente perdida ao longo do processo evolutivo. De modo geral, reproduzem-se assexuadamente por meio da produção de conidiósporos. A esse grupo pertencem diversas espécies de Penicillium (entre as quais a que produz penicilina) e Aspergillus (algumas espécies produzem toxinas cancerígenas).

 Reino Protoctista



O Reino Protoctista é constituído pelas algas e protozoários, seres vivos que habitam ambientes aquáticos, ou úmidos, e com algumas espécies parasitas. Estes seres têm várias origens evolutivas distintas (Reino polifilético). De forma geral, os organismos eucariontes que não se encaixam adequadamente nos Reinos Fungi, Plantae e Animalia, são classificados como pertencentes a este Reino.

Não obstante, pode-se destacar a multicelularidade como sendo uma apomorfia importante do grupo (constitui o primeiro passo no que diz respeito ao surgimento de tecidos verdadeiros).



Algas :Eucariontes; Unicelulares ou pluricelulares; Autótrofos fotossintetizantes.



As algas compreendem um grupo diverso de organismos geralmente aquáticos ou de ambientes úmidos, um dos quais, o das algas verdes, é considerado o ancestral evolutivo das plantas. Apesar disto, as algas não são plantas, pois não apresentam um embrião multicelular que retira alimento da planta genitora. Ao corpo das algas pluricelulares dá-se o nome de TALO, estrutura que superficialmente pode se parecer com as partes de uma planta, mas que não possui tecidos diferenciados, nem raízes, folhas e caules verdadeiros.

De forma geral, as algas são organismos que vivem em ambientes aquáticos, tanto de água doce quanto de água salgada, e também em ambientes úmidos. A maioria das algas apresenta parede celular, sendo que em certos casos, alguns componentes destas paredes celulares podem ser de interesse econômico.

Reprodução das algas:

1) Assexuada:

1.1) Divisão binária, no caso de algas unicelulares, em que uma célula se divide originando duas iguais.


1.2) Fragmentação do talo, em que um fragmento da alga pode regenerar um novo talo.


1.3) Zoosporia, em que uma alga pluricelular produz ZOÓSPOROS, células flageladas que têm a capacidade de se desenvolver e originar um novo indivíduo adulto.



2) Sexuada:


2.1) Pela formação de zigósporos, em que duas células adultas funcionam como gametas, unindo-se e formando um zigoto dentro de um envoltório chamado ZIGÓSPORO. Este zigoto sofre meiose e origina 4 novos indivíduos.


2.2) Por conjugação, em que há a diferenciação de certas células de um filamento em gametas masculinos e femininos, que se unem, originando um zigoto. Este, por sua vez, dá origem a novos talos.


2.3) Alternância de gerações. Há a alternância de indivíduos adultos haplóides (n), os gametófitos (“planta” que produz gametas) e indivíduos adultos diplóides (2n), os esporófitos (“planta” que produz esporos). Neste caso, os gametófitos (n) produzem gametas (n), que após a fecundação originam um zigoto (2n). O zigoto se desenvolve e origina um esporófito (2n), que produz esporos (n). Os esporos germinam e originam gametófitos, reiniciando o ciclo
.




Importância das algas:



As algas, por serem autótrofas fotossintetizantes, são a base das cadeias alimentares de ambientes aquáticos (são os produtores). São também responsáveis por mais ou menos 90% da fotossíntese realizada no planeta, sendo assim, são responsáveis pela manutenção Ada quantidade de O2 presente na atmosfera (+/- 21%).


Protozoários:


Protozoário é um termo que significa animal primitivo, são seres (comparar com as algas):

Eucariontes; Unicelulares; Heterótrofos.


Podem ser de vida livre, geralmente aquáticos, ou então parasitas. Uma característica marcante deste grupo é o fato de que alguns destes organismos (os ciliados) possuem células bastante complexas, Com dois núcleos, um micronúcleo e um macronúcleo, e com regiões especializadas, análogas aos órgãos dos seres pluricelulares com tecidos verdadeiros. 


Reprodução dos protozoários:

1) Assexuada:

1.1)  Divisão binária.

1.2)  Divisão múltipla, em que ocorre a multiplicação do núcleo, antes da divisão propriamente dita.


2) Sexuada:

2.1) Fusão de organismos adultos e formação de um zigoto, que por sua vez origina outros indivíduos.



Os ciliados, que possuem um macronúcleo e um micronúcleo, podem efetuar o processo de CONJUGAÇÃO. O processo é mediado pelos micronúcleos, que se multiplicam e são transferidos para a célula parceira. Ocorre a degeneração do macronúcleo das células e depois a sua conseqüente reorganização, mediada pelos micronúcleos. O processo termina por gerar quatro indivíduos diferentes dos dois originais.





Resultado de imagem para doenças causadas por protozoarios

sábado, 21 de abril de 2018

Bactérias:


As bactérias são organismos bastante simples e pertencem, segundo a classificação de Whittaker de cinco reinos, ao Reino Monera. De acordo com a classificação mais atual em três domínios, esses organismos estão divididos em Domínio Archaea, que engloba as arqueobactérias, e Domínio Bactéria, que engloba os outros grupos de bactérias.

Estrutura:

As bactérias são formadas por uma única célula (unicelulares), normalmente de 2 a 5 µm de comprimento, e podem ou não formar colônias. Esses organismos possuem material genético disperso no citoplasma, sendo, portanto, denominados de procariontes.


Na grande maioria das bactérias, além da membrana plasmática encontrada em todas as células, é possível observar externamente uma parede celular constituída, principalmente, por peptideoglicano. Essa parede celular apresenta como principal função manter a forma das células bacterianas e garantir proteção. Além disso, é possível perceber em algumas espécies uma cápsula polissacarídica envolvendo a parede.

No citoplasma da célula bacteriana, é possível perceber a presença de apenas um tipo de organela: os ribossomos. Esses ribossomos são menores que aqueles encontrados em células eucarióticas, mas desempenham a mesma função, que é a síntese de proteínas. Além disso, é possível perceber a presença de grânulos ou inclusões que apresentam a função de armazenamento.

O citoplasma, por sua vez, apresenta uma região, chamada de nucleoide, onde está localizado o cromossomo bacteriano, único e circular. Além do DNA cromossomial, observa-se o plasmídeo, formado por uma molécula pequena de DNA circular de duplicação independente.
Em algumas bactérias, é possível encontrar ainda estruturas de locomoção conhecidas como flagelos, que são compostos por uma proteína denominada de flagelina. Existem ainda estruturas mais finas e mais curtas que os flagelos denominadas de pili e fímbria. Estes estão relacionados com a fixação das bactérias em superfícies (fimbrias) ou ainda com a fixação no momento da reprodução (pili).


Resultado de imagem para estrutura das bacterias




Morfologia:

De acordo com a morfologia, as bactérias podem ser classificadas como cocos, bacilos, vibriões, e espirilos. Os cocos podem se agrupar e formarem colônias, nas quais dois cocos formam um diplococo. Quando enfileirados, formam um estreptococos e, em cachos, um estafilococo.


Bactérias (Foto: Colégio Qi)



Importância:


As bactérias podem viver no ar, na água, no solo, dentro de outros seres vivos, e até em locais de altas pressões e condições completamente inóspitas à maioria dos seres vivos.

Toda essa diversidade de seres, também demonstra uma diversidade de funções. Vejamos a seguir:



 1) Na natureza, as bactérias participam do Ciclo do Nitrogênio, ajudando em diversas etapas.

2) São usadas para produção de alimentos, como na fabricação de iogurtes, queijos e coalhadas, em que se utiliza os lactobacilos. Ainda para produzir o glutamato (usado em temperos) e o vinagre.

3) Na indústria farmacêutica, são produzidos antibióticos e vitaminas a partir de bactérias.
4) Com a engenharia genética, é possível usar bactérias geneticamente modificadas (em que se introduz genes humanos) para produzir proteínas humanas, como hormônio do crescimento e insulina.

5) Também é possível introduzir bactérias do gênero Pseudomonas em ambientes poluídos para descontaminação. Elas agem oxidando compostos orgânicos nocivos e tornando-os inofensivos. Esse processo é chamado de biorremediação.


Reprodução:

A reprodução das bactérias geralmente ocorre por divisão binária (ou cissiparidade). Trata-se de um processo de reprodução assexuada em que um organismo unicelular se divide em dois novos organismos geneticamente idênticos.

Em condições ideais, uma bactéria pode originar duas células-filhas em poucos minutos, que se separam completamente ou, em alguns casos, formam arranjos chamados colônias.

Os clostrídios, bactérias causadoras de doenças como o tétano (Clostridium tetani) e o botulismo (Clostridium botulinum), podem gerar esporos - formas resistentes que suportam condições desfavoráveis de temperatura, salinidade ou escassez de água. Na forma de esporos, as bactérias permanecem em estado de atividade metabólica reduzida, gastando pouca energia. Se o ambiente readquire condições favoráveis, os esporos originam bactérias no estado vegetativo, em que retomam atividade metabólica normal.

Conjugação , transformação e transdução são mecanismos de troca de material genético    ( ou recombinação genética)  entre as bactérias, e seus efeitos correspondem aos da reprodução sexuada. Caracterizam-se pela troca de fragmentos de DNA entre as células. A bactéria receptora incorpora o DNA recebido ao seu próprio cromossomo.

A vantagem evolutiva de reprodução sexuada é a variabilidade genética que esta proporciona. A existência de variabilidade entre os componentes de uma população favorece a adaptação ao ambiente.

Não se conhece nenhuma forma de reprodução sexuada entre as cianobactérias. Entre elas, as mutações são sua principal fonte de variabilidade genética.


TRANSFORMAÇÃO:



TRANSDUÇÃO




CONJUGAÇÃO:





Doenças bacterianas :

Resultado de imagem para doenças humanas causadas por bactéria.