domingo, 21 de outubro de 2018

Mamíferos:

Introdução:

Os mamíferos são animais vertebrados pertencentes ao Domínio Eukaryota, Reino Animalia, Filo Chordata, Sub-filo Vertebrata e Classe Mammalia.

Estima-se que existam mais de 5 mil espécies de mamíferos, encontrados em quase todos os biomas do planeta. Eles são animais terrestres, aquáticos e voadores, como os morcegos.
Exemplos de animais mamíferos

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Características dos mamíferos


Conheça as principais características dos mamíferos:
Habitats

Os mamíferos são seres altamente adaptáveis e podem ser encontrados por todo planeta.

Isso ocorre porque muitos mamíferos vivem em sociedades e dedicam cuidado aos seus filhotes até o momento em que se tornam independentes.

Além disso, muitos mamíferos foram domesticados pelo homem e hoje convivem com os mesmos.

Aspectos corporais

Alguns mamíferos possuem o corpo coberto por pelos
Os mamíferos se caracterizam pela presença de pelos pelo corpo e de glândulas mamárias nas fêmeas.
A quantidade de pelos no corpo varia de espécie para espécie. As baleias, por exemplo, apresentam pouquíssimos pelos ao redor do focinho, sendo a pele predominantemente lisa.

O pelo funciona como um isolante dificultando a dissipação do calor da superfície da pele para o ambiente. Essa característica permite que a temperatura corporal dos mamíferos se mantenha constante.

Eles ainda mantém a sua temperatura corporal constante graças à sua pele, a qual é formada por duas camadas principais (epiderme e derme), onde se encontram glândulas sebáceas e sudoríparas que auxiliam a regular a temperatura.

O seu corpo é sustentado por um endosqueleto totalmente ossificado com cabeça tronco e quatro patas (exceto cetáceos) com até 5 dedos, em espécies quadrúpedes (a maioria) e outras bípedes, (cangurus e homem).

Alimentação

Os mamíferos apresentam uma variedade de modos de alimentação. A presença dos dentes contribui para que possam explorar diversos tipos de alimentos.

Conforme o tipo de alimentação os mamíferos são classificados em:

Carnívoros: Possuem dentes caninos bem desenvolvidos e sua dieta se baseia no consumo de proteína e lipídios. Exemplos: raposa, cães, onças e leões.

Herbívoros: Possuem dentes caninos rudimentares ou ausentes e os molares bem desenvolvidos. Alimentam-se de vegetais e apresentam adaptações para a digestão de celulose. Exemplos: hipopótamo, girafa, boi, canguru e zebra.

Onívoros: Apresentam a dieta mais diversificada, alimentando-se de fontes animais e vegetais. Exemplos: urso, primatas e porcos.

Sistema Respiratório e Circulatório

O tronco dos mamíferos exibe costelas acopladas ao esterno, formando uma caixa torácica que lhes confere os movimentos respiratórios devido à presença do músculo diafragma.

A respiração dos mamíferos é exclusivamente pulmonar, ou seja, ocorre através dos pulmões. Isso ocorre mesmo com os mamíferos aquáticos.

O sistema circulatório é fechado, incluindo o coração com quatro câmaras. Além disso, não há mistura entre o sangue venoso e arterial.

Sistema Nervoso

O sistema nervoso dos mamíferos é altamente complexo e o mais avançado dentre todos os vertebrados.

Ademais, o cérebro dos mamíferos é proporcionalmente maior que dos outros animais, permitindo uma inteligência maior.

Reprodução

Os filhotes são alimentados com leite materno produzido pelas glândulas mamárias

Nos mamíferos os sexos são separados, ou seja, existem machos e fêmeas. Assim, a reprodução é sexuada.

Grande parte dos mamíferos apresentam períodos de reprodução definidos, ou seja, épocas que favorecem a origem de filhotes.

A fecundação dos mamíferos é interna. Após o nascimento, os filhotes recebem o leite materno originado das glândulas mamárias das mães.

O tempo de gestação e a quantidade de filhotes originados a cada ciclo reprodutivo varia conforme a espécie. Por exemplos, os gambás podem originar até 13 filhotes em uma única ninhada.

Classificação dos mamíferos

Os mamíferos são subdivididos em vários grupos, conforme algumas de suas características.

1. Ambiente em que vivem:

Os mamíferos são classificados em aquáticos e terrestres.

São exemplos de mamíferos aquáticos: baleia orca, peixe-boi, golfinho, boto, leão-marinho, lontra e foca.

São exemplos de mamíferos terrestres: ser humano, cachorros, girafa, leão, tigre, macaco, boi, urso, tamanduá, raposa, gato, onça, camelo, ovelha, jaguatirica.

Existem ainda os morcegos que são animais mamíferos aéreos. O urso polar também é um mamífero, porém com habilidade de natação.

2. Padrões reprodutivos:


Os mamíferos se diferenciam também pela forma como ocorre o desenvolvimento da gestação.

Existem os mamíferos placentários, em que toda a gestação se desenvolve no interior do corpo da mãe. E os marsupiais, que parte da gestação é no interior do corpo materno e após isso, o filhote se desenvolve no interior de uma bolsa chamada de marsúpio.

Ainda existem os mamíferos que colocam ovos, conhecidos como monotremados. Porém, o ovo permanece por um bom tempo dentro do corpo materno, onde recebe os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Um exemplo de monotremado é o ornitorrinco.O ornitorrinco é um exemplo de mamífero que põe ovos

Aves:

Introdução:

As aves são animais vertebrados, de sangue quente (homeotérmicos), que possuem o corpo revestido de penas.

Com cerca de 9000 espécies conhecidas, elas ocupam vários tipos de ambientes e, de maneira geral, dominam o ar.

Temperatura corporal

Aves são animais de sangue quente, também chamados homeotérmicos ou endotérmicos, por sua capacidade de manter a temperatura corporal constante. Para isso, elas apresentam um metabolismo elevado, necessitando de muita energia.


Penas

As penas são uma característica exclusiva das aves. Elas permitem o voo, são isolantes térmicos (importante para a homeotermia) e funcionam para a camuflagem e como atrativo sexual. Habitualmente, é o macho que possui uma plumagem exuberante, como o pavão.

Voo

O voo é uma importante adaptação das aves, que lhes permite:

Habitar diversos ambientes;

Fugir dos predadores;

Buscar novas fontes de alimentos;

Aumentar o campo visual;

Realizar migrações quando as condições ambientais se tornam desfavoráveis, como no período de inverno.

A capacidade de voar que as aves apresentam, podem ser divididas em carinatas e ratitas.

As carinatas são aves que apresentam uma quilha no osso esterno, chamada carena. Possuem músculos peitorais desenvolvidos que são responsáveis pelo batimento das asas.

Muitas podem voar, outras fazem apenas voos curtos, como a galinha. Algumas aves como os pinguins, sofreram modificações em suas asas, que as tornaram aptas apenas para a natação.

As ratitas são aves que não apresentam carena no esterno, e são incapazes de voar, como a ema e o avestruz.

Pele e Glândula uropigial

A pele das aves é queratinizada, seca e impermeável. Algumas possuem glândulas uropigianas,situadas sobre a região posterior do corpo, acima da cauda, que auxiliam na hidratação da pele ao secretar um óleo.

Os patos, por exemplo, viram a cabeça até a cauda e esfregam o bico no restante do corpo, impermeabilizando as penas antes de entrarem nas lagoas, o que facilita a sua flutuação.

Canto

Outra característica das aves é o canto, gerado por um órgão fonador, que é a siringe. O canto pode servir como elemento de comunicação, envolvendo atração sexual, advertência, demarcação de território, dentre outros.

A participação das aves na cadeia alimentar auxilia a controlar populações de insetos e roedores.
Anatomia e Fisiologia das AvesPrincipais órgãos da galinha


Sistema respiratório das aves

A respiração das aves é realizada pelos pulmões, que não possuem alvéolos, são formados por vários para-bronquíolos, onde ocorrem as trocas gasosas.

Além disso, os pulmões se interligam por projeções chamadas sacos aéreos, que passam por todo corpo do animal, inclusive no interior dos ossos.
Sistema Digestório das Aves

Sistema digestório das aves

As aves têm bico rígido e devido a ausência de dentes, o alimento não passa por trituração na boca.

O tubo digestivo apresenta algumas adaptações, como presença de papo e de moela(onde o alimento fica um tempo sendo amolecido - papo - e é triturado - moela).

Após passar pelo intestino, as fezes são eliminadas pela cloaca, que faz parte tanto do sistema digestório, quanto do reprodutivo.
Sistema Reprodutivo das AvesSistema reprodutor das aves

As aves são animais ovíparos, ou seja, produzem ovos. A casca é formada por carbonato de cálcio e por ser porosa permite a troca gasosa entre o embrião e o ambiente. A cloaca é o órgão responsável pela postura dos ovos.

A fecundação é interna e ocorre antes que o óvulo seja revestido pela casca calcária. No interior do ovo, há membranas protetoras e reservas alimentares na forma de gema e clara.

Sistema circulatório das aves

O sistema circulatório das aves apresenta um coração com quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos.
Funciona como duas bombas distintas, onde as câmaras direitas impulsionam sangue não oxigenado e as da esquerda, sangue oxigenado.
Sistema Nervoso das Aves Estrutura ocular das aves

O cérebro das aves é responsável pela coordenação e pelo equilíbrio sendo bastante volumoso, o que permite a movimentação em três dimensões durante o voo.

Possuem geralmente a visão bastante desenvolvida. Aves marinhas, por exemplo, conseguem ver dentro e fora da água. Aves de rapina são capazes de detectar presas através de sua sensibilidade à luz ultravioleta.

Répteis:


Introdução:



Os répteis são animais vertebrados que pertencem ao Reino Animalia, Filo Chordata e Classe Reptilia. Na história evolutiva, os répteis foram os primeiros animais vertebrados a conquistarem o ambiente terrestre.

São exemplos de répteis: tartaruga, jabuti, cágado, cobra, serpente, jacaré, crocodilo, camaleão, iguana e lagarto.




Características gerais:


O corpo dos répteis é formado por cabeça, pescoço, tronco e cauda.

Eles possuem dois pares de membros locomotores, cada um com cinco dedos acabados em garras e pernas reduzidas em alguns lagartos, mas ausentes em outros, como as cobras.

Eles podem ser animais rastejantes ou nadadores, como as tartarugas marinhas que possuem patas em forma de remos.
A pele é ressecada e resistente, coberta por escamas de origem epidérmica, o que a torna queratinizada e praticamente impermeável.

Porém, alguns animais, como as tartarugas e jabutis, também podem apresentar placas ósseas de origem dérmica.








Temperatura corporal

Os répteis são animais pecilotérmicos, ou seja, são incapazes de manter a sua temperatura corporal constante. Assim, eles necessitam do calor do ambiente para regulação da temperatura corporal.

Essa condição limita sua localização dos seus habitats aos trópicos e subtrópicos do planeta, onde as temperaturas favorecem o seu metabolismo. Por isso, não encontramos répteis na Antártica.


Reprodução



A maior parte dos répteis são ovíparos. Apenas algumas cobras e lagartos são ovovivíparas.

Apresentam fecundação interna, onde o macho introduz os espermatozoides no interior do corpo da fêmea.

O desenvolvimento do embrião ocorre dentro dos ovos, os quais são revestidos por cascas córneas ou calcárias.

Essa característica protege o embrião da dessecação, importante para a conquista do ambiente terrestre.

O ovo apresenta os seguintes anexos embrionários: âmnio, cório, saco vitelino e alantoide.

Quando os filhotes nascem assemelham-se aos adultos, pois o desenvolvimento é direto.


Sistema digestório e alimentação

O sistema digestório é completo. Eles apresentam boca, faringe, esôfago, estômago, intestino e cloaca. Além disso, possuem fígado e pâncreas.

A maioria dos répteis são carnívoros. Algumas poucas espécies são herbívoras e onívoras.

Alguns répteis, como o jacaré e a matamatá, são animais predadores e ocupam o topo da cadeia alimentar.


Sistema Circulatório
A circulação é fechada, dupla e completa.

O coração de serpentes e tartarugas apresenta dois átrios e um ventrículo incompletamente separado. Enquanto os crocodilianos apresenta dois átrios e dois ventrículos bem definidos.


Sistema Respiratório

Os répteis apresentam respiração pulmonar. Os pulmões apresentam alvéolos pulmonares tornando eficiente as trocas gasosas.

Anfíbios:


Introdução:

Anfíbios são animais vertebrados que vivem entre o meio aquático e o ambiente terrestre. Mantêm uma forte vinculação com a água e dela não se afastam, pois precisam manter a pele úmida. A fecundação geralmente é externa e ocorre na água.


Principais características:



Os anfíbios vivem em água doce, entretanto há duas exceções: a rã comedora de caranguejos, que vive em ambiente marinho, e a rã-aguadeira, do Deserto Australiano. As principais características são:

Pulmões onde ocorrem trocas gasosas;

Pele permeável, que também executam trocas gasosas;

Coração, com dois átrios e um ventrículo, aumentando a eficiência de transporte de sangue;

Tímpano, uma membrana que vibra com o som e remete estímulos para as estruturas nervosas do ouvido;

Pálpebras que protegem os olhos e realizam sua limpeza;

Patas bem definidas.


Classes:



Anuros

Quando adultos, possuem patas e não apresentam cauda: sapos, rãs e pererecas.
Anfíbios

Urodelos

Possuem corpo alongado, patas laterais e uma longa cauda: salamandras e tritões.

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Ápodes

Têm corpo cilíndrico e não possuem patas. As cobras-cegas, vivem enterradas no solo e são mais ativas à noite. Com olhos bem reduzidos. Lembram grandes minhocas, mas possuem osso e cabeça bem delimitada.
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Digestão

A digestão dos anfíbios é processada no estômago e no intestino. Embora possam ter duas fileiras de dentes, os anfíbios não mastigam suas presas. A língua bem desenvolvida é usada na captura de insetos, que é envolto em um muco que o lubrifica, facilitando sua passagem no tubo digestivo.


Pele

A pele dos anfíbios é lisa, vascularizada e permeável. Os anfíbios não ingerem água, ela é obtida através da pele, que também executa a troca gasosa entre o sangue e o ar. É rica em glândulas e está sempre úmida. Os sapos possuem um par de glândulas chamadas paratóides, que contêm veneno e constituem defesa contra os predadores.


Respiração

A respiração nos anfíbios adultos ocorre por meio de três estruturas: os pulmões, a pele e na mucosa da boca e da faringe. Os pulmões são formados por dois sacos, sem divisão interna. As narinas abrem-se na cavidade da boca. Enquanto estão na fase larval, aquática, respiram por meio de brânquias.


Reprodução

A reprodução é sexuada, geralmente com fecundação externa, onde a fêmea elimina os óvulos na água e o macho despeja os espermatozoides sobre eles. Os embriões se desenvolvem em forma de larvas, que passam pela metamorfose, originando os adultos.

Peixes:


Introdução: 

Os peixes representam a maior classe em número de espécies conhecidas entre os vertebrados. Acredita-se que os peixes tenham surgido por volta de 45 milhões de anos atrás.

Características gerais:

Características que favorecem a vida na água

Os peixes apresentam várias características que favorecem o desempenho de suas atividades no ambiente em que vivem. Entre elas, destacam-se:

Corpo com formato, em geral, hidrodinâmico, isto é, achatado lateralmente e alongado, o que favorece seu deslocamento na água;

Presença de nadadeiras, estruturas de locomoção que, quanto à localização, podem ser peitorais, ventrais, dorsais, caudais e anais;

Corpo geralmente recoberto por escamas lisas, cuja organização diminui o atrito com a água enquanto o animal se desloca; além disso , a pele é dotada de glândulas produtoras de muco, o que também contribui para diminuir o atrito com a água;

Musculatura do tronco segmentada, o que permite a realização de movimentos ondulatórios.


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Classificação dos peixes


Ósseos – são todos os peixes que possuem vértebras bem formadas e membros mantidos por raios divergentes (hastes ósseas que servem de esqueleto às nadadeiras). Divide-se em dois grupos principais: os peixes de barbatana lisa e os de barbatana espinhosa. Entre eles estão o atum, a sardinha, o bacalhau, a garoupa, o dourado, o peixe espada, cavalo-marinho, etc.

Cartilaginosos – são os peixes que não possuem ossos, apenas cartilagens que dão sustentação ao corpo. Entre eles estão os tubarões e as arraias.


Reprodução dos peixes

A reprodução dos peixes, em sua maioria se da pela desova. A fêmea libera os óvulos em águas calmas e, em seguida o macho lança sobre eles os espermatozoides. Estes ovos ficam agrupados formando uma espécie de gelatina. Muitos deles são devorados por outros peixes, uma pequena parte se desenvolverem e se transformarem em alevinos.

Em outros peixes os filhotes se desenvolvem dentro do corpo da mãe, recebendo diretamente dela todos os nutrientes.



Respiração dos peixes
Para respirar os peixes dispõem de órgãos especiais chamados brânquias “guelras”, que são em geral quatro pares, dois em cada lado da cabeça. São protegidas por uma membrana (o opérculo), que se abre e fecha regularmente. Estão ligadas às paredes laterais da faringe.

Uma corrente contínua de água que entra pela boca banha as brânquias por frações de segundo, enquanto o opérculo se mantém preso ao tronco, fechando a passagem para a faringe. Em seguida, a boca se fecha e o opérculo abre, permitindo a saída da água para o meio exterior. As trocas entre o oxigênio e o gás carbônico acontecem durante a permanência da água em contato com as brânquias.



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sexta-feira, 20 de julho de 2018

Equinodermos

Introdução

Os equinodermos (filo Echinodermata) são animais invertebrados e exclusivamente marinhos.
O seu corpo é organizado, geralmente, em cinco partes simétricas que se distribuem na forma dos raios de uma circunferência.





Características Gerais

Os equinodermos são triblásticos, celomados e deuterostômios. Durante a fase larval apresentam simetria bilateral e na fase adulta, a simetria é radial.
Os animais equinodermos apresentam uma grande diversidade de formas, tamanhos e modos de vida.

São animais de vida livre e isolados, poucas espécies vivem fixas a um substrato. Um exemplo de equinodermo séssil é o lírio-do-mar.

Lírio-do-mar, um equinodermo séssil

Quase todos os sistemas de um equinodermo, como o digestivo, o nervoso e o reprodutor, ficam dentro do esqueleto calcário. Esse é recoberto por uma fina camada de epiderme.

Algumas espécies podem apresentar espinhos na superfície do corpo.

Sistema circulatório e excretor

O sistema circulatório ocorre através do sistema aquífero ou ambulacrário.Ele realiza a circulação de água dentro do corpo, permitindo o transporte de substâncias e a locomoção.

Ao mesmo tempo, também permite a excreção, pois carrega as substâncias que precisam ser eliminadas do corpo.

Os equinodermos locomovem-se através dos pés ambulacrais, que são projeções do sistema ambulacrário, algumas vezes com ventosas nas extremidades.

O sistema conta com uma placa madrepórica, através da qual a água do mar entra no corpo do animal.

Com a entrada de água, os canais das ampolas do sistema ambulacrário se contraem e levam a água até o pé que se alonga e fixa-se ao substrato. Nesse momento, as ventosas auxiliam na fixação.

Para deixar o substrato, a água retorna para as ampolas e relaxa a musculatura do pé, permitindo que se solte.



Anatomia da estrela-do-mar e os pés ambulacrários

Sistema respiratório

A respiração dos equinodermos ocorre através das brânquias que ficam próximas à boca. O sistema ambulacrário também contribui com a respiração, através de difusão.

Sistema digestório

Os equinodermos apresentam sistema digestório completo com boca, esôfago, intestino e ânus. O estômago é encontrado apenas em equinodermos carnívoros.

A maioria das espécies alimentam-se de algas marinhas. Para isso, contam com a lanterna de Aristóteles, que consiste em um aparelho bucal que raspa o alimento.

As espécies carnívoras, como a estrela-do-mar, alimentam-se de pequenos animais. Nesse caso, a digestão ocorre fora do corpo.

A estrela-do-mar projeta o seu estômago e enzimas digestivas sobre o alimento, que começa a ser digerido. Somente depois, ele é conduzido para o interior do seu corpo, de modo a finalizar a digestão.

Reprodução

A reprodução é sexuada. Os equinodermos são, em sua maioria, animais dióicos.
A fecundação externa ocorre através dos orifícios das placas genitais, de onde os gametas saem para a água.

Os zigotos formados geram larvas, que nadam durante algum tempo, fixando-se a um substrato e, por meio de metamorfose, originam os adultos. Por isso, o desenvolvimento é indireto.

Classificação dos Equinodermos

Estima-se que existam 7.000 espécies de equinodermos divididas em cinco classes:

Asteroides

Estrela-do-mar

O representante típico do grupo é a estrela-do-mar possui cinco braços dispostos como raios. Algumas chegam a ter quarenta braços.

Na parte em contato com o substrato, os braços são formados por duas fileiras de pés ambulacrários, que permitem a movimentação e fixação.

Na extremidade de cada braço se encontram olhos rudimentares, que permitem localizar suas presas, como anelídeos, crustáceos e ostras.

As estrelas do mar podem realizar autotomia, ou seja, a recuperação de um braço perdido. Além de que a regeneração de um braço cortado pode formar uma nova estrela do mar.

Ofiuroides

Serpente do mar

Um exemplo é a serpente do mar que possui um disco central do qual partem cinco braços dotados de movimentos ondulantes, que facilitam o deslocamento.

A serpente do mar tem a boca na parte inferior, que fica em contato com o substrato, enquanto o ânus se localiza na face oposta.

Seu alimento é constituído por moluscos, pequenos crustáceos e detritos sedimentares do fundo do mar.

Crinoides

Lírio do mar

Um representante do grupo do crinoides é o lírio do mar. Ele possui uma base presa a um substrato, de onde saem cinco braços ramificados que dão ao animal o aspecto de planta.

Utiliza como alimento os detritos que permanentemente caem em seus braços, que são cobertos por prolongamentos capazes de levar as partículas até a sua boca.

Holoturoides

Pepino do mar

O pepino do mar ou holotúria tem o corpo cilíndrico, dotado de minúsculas placas não unidas, que lhe dão uma consistência menos rígida.

A maioria tem entre 5 e 30 cm, com alguns exemplares podendo chegar a dois metros de comprimento.

Quando atacado, pode eliminar parte de suas vísceras, como o intestino e as gônadas. O predador distraído permite a fuga do pepino do mar, que depois de um tempo tem suas partes regeneradas.

Equinoides

Ouriço do mar

Um representante desse grupo é o ouriço do mar ou pindá. Ele apresenta corpo recoberto por espinhos venenosos, móveis, que são usados para seu deslocamento.

Junto à boca, ele possui uma armação de cinco dentes chamada lanterna de Aristóteles. Com isso, ele raspa as rochas em busca de algas, formando buracos onde esses animais se alojam.

Apesar dos espinhos pode ser atacado por diversos predadores como peixes, estrela do mar e caranguejos.

Bolacha da praia

Outro representante do grupo dos equinoides é a bolacha da praia ou corrupio. O animal possui o corpo achatado, como um disco, apresentando na região dorsal o desenho de uma estrela.

Esse animal enterra-se superficialmente na areia, onde obtém alimento constituído por partículas orgânicas.


Artrópodes


Artrópodes (filo Arthropoda) são animais dotados de patas articuladas e que possuem esqueleto externo (exoesqueleto) nitidamente segmentado. Entre eles, besouros, borboletas, aranhas, camarão, centopeia e piolho de cobra.


Características Gerais
Todos os artrópodes possuem o corpo dotado de vários segmentos e apêndices articulados, como patas e antenas, que possibilita movimentos. Essa é a sua característica diagnóstica (identifica e diferencia os artrópodes dos outros) e que dá o nome ao grupo, do grego arthros: articulação e podos:pés.

Além disso, esses invertebrados tem o exoesqueleto que confere rigidez (permite sustentar o corpo) e impermeabilidade (tem uma camada de cera em sua superfície, o que lhe permite viver em locais secos). O exoesqueleto é constituído de quitina, um polissacarídio nitrogenado​, e nos crustáceos recebe deposições de carbonato de cálcio, tornando-se ainda mais resistente.

Possuem corpo dividido em cefalotórax e abdome (crustáceos e quelicerados) ou em cabeça, tórax e abdome (insetos e miriápodes), de acordo com o grupo.
Anatomia e Fisiologia
O sistema digestório é completo (boca e ânus), com peças bucais (mandíbulas, quelíceras, entre outras) adaptadas à alimentação, tubo digestório com regiões diferenciadas e glândulas acessórias. A digestão é extracelular;

O sistema circulatório é aberto (lacunar), com um coração dorsal que bombeia a hemolinfa (líquido sanguíneo) por espaços dentro do corpo;

O sistema respiratório está presente e varia de acordo com o grupo: nos crustáceos é feita por brânquias realizando as trocas gasosas entre a água e a hemolinfa, nos insetos é por traqueias, que levam o ar direto aos tecidos e nos aracnídeos por filotraqueias;

O sistema nervoso é constituído por um par de gânglios cerebrais e um cordão nervoso ventral com pares de gânglios distribuídos por segmento;

O sistema excretor nos insetos é constituído pelos túbulos de Malpighi, nos crustáceos por glândulas antenais (glândulas verdes) e nos aracnídeos além dos túbulos de Malpighi há glândulas coxais;

O sistema sensorial dos artrópodes é bem desenvolvido, todos possuem pelos quimiorreceptores no corpo com função táctil, as antenas também tem função táctil e os insetos e crustáceos possuem olhos compostos;

A reprodução é sexuada (com presença de gametas) e a maioria dos artrópodes é dioica (sexos separados). Em geral, nos crustáceos a fecundação é externa e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto com vários estágios larvais, nos insetos e aracnídeos a fecundação é interna, sendo que nos insetos o desenvolvimento pode ser direto ou indireto com ocorrência de metamorfose completa ou gradual.


Classificação dos Artrópodes

Dependendo da classificação adotada, o filo Arthropoda pode ser dividido em categorias que reúnem os animais segundo características anatômicas como números de patas e antenas. Atualmente, se utiliza também informações genéticas e de parentesco evolutivo, sendo os artrópodes divididos em 3 subfilos: 

Crustacea (separa os crustáceos em classes)

 Chelicerata (classe dos aracnídeos)

Hexapoda ​(classe dos insetos) 

 Myriapoda (classe dos diplópodes e dos quilópodes). 

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Veja a seguir esses grupos:

Hexápodes – a principal classe desse subfilo é a dos insetos, grupo com maior diversidade entre os animais, que possui cerca de 900 mil espécies. Possuem 3 pares de patas e 2 pares de antenas, além de 1 ou 2 pares de asas. Exemplos:abelha, mariposa, gafanhoto, pulga, traça, barbeiro, mosquito;

Quelicerados – a classe dos aracnídeos é composta de animais com 4 pares de patas e sem antenas, no lugar de mandíbulas possuem quelíceras e palpos, sendo assim chamados quelicerados,entre eles, Exemplos: aranha, carrapato, escorpião, ácaro;

Crustáceos – o subfilo é dividido em muitas classes, como a malacostraca, entre eles, camarão, lagosta e caranguejo e a cirripedia, das cracas. São animais marinhos, na sua maioria, e possuem geralmente 5 pares de patas e 2 pares de antenas;

Miriápodes – esse grupo é constituído de animais com muitas patas, sendo mais conhecidas a classe dos diplópodes, entre eles, piolho de cobra ou embuá (animais que têm entre 25 e 100 patas, sendo duas por segmento), e dos quilópodes (entre 15 e 170 patas ), entre eles, a lacraia ou centopeia.
Anelídeos


Os anelídeos são animais invertebrados de corpo mole, alongado, cilíndrico e dividido em anéis, apresentando uma nítida segmentação.

O filo Annelida apresenta 15 mil espécies, encontradas na água doce ou salgada e em solo úmido.

Os principais representantes dos anelídeos são as minhocas e as sanguessugas.


Anelídeos

Características Gerais

Os anelídeos são animais triblásticos, celomados e com simetria bilateral.

Estrutura Corporal

O corpo dos anelídeos é composto por anéis (metâmeros) e revestido por celoma.

O celoma é uma cavidade corporal que se localiza no interior da mesoderme. É preenchido por um líquido chamado de fluido celômico, onde se alojam as vísceras do animal.

Na ausência de esqueleto, o celoma fornece a sustentação do corpo e auxilia na locomoção.

Sistema Digestório

Os anelídeos apresentam sistema digestório completo. Os órgãos digestivos em sequência são: a boca, o papo, a moela, o intestino e o ânus.

O alimento fica armazenado no papo, segue para a moela onde é triturado e no intestino ocorre a absorção dos nutrientes.

O modo de alimentação varia conforme a espécie, mas podem ser herbívoros, carnívoros e hematófagos.

Sistema Circulatório e Excretor
Os anelídeos possuem sistema circulatório fechado. Isso quer dizer que o sangue corre dentro de vasos. No sangue encontra-se a proteína hemoglobina, porém sem hemáceas.

O sistema circulatório é composto por dois vasos, um dorsal e outro ventral, além de um conjunto de vasos contráteis, que podem ser comparados aos corações.

Esses animais apresentam um par de nefrídios por segmento, os quais são responsáveis por retirar as excretas do sangue e do celoma.

Respiração

A pele fina e úmida dos anelídeos permite as trocas gasosas com o ambiente, o que caracteriza a respiração cutânea.

Os anelídeos aquáticos realizam a respiração branquial.

Sistema Nervoso
O sistema nervoso é do tipo ganglionar. É composto por um par de gânglios cerebrais, de onde partem dois cordões nervosos ventrais.

Ao longo dos cordões, há um par de gânglios em cada anel.

Reprodução

A reprodução dos anelídeos pode ser de forma assexuada ou sexuada.

Com exceção dos poliquetos que são dióicos, os demais anelídeos são monóicos (hermafroditas).

No caso dos monóicos, como a minhoca, existe uma porção do corpo que auxilia na reprodução, o clitelo.

O clitelo é um anel mais claro que libera um muco que ajuda na fixação de duas minhocas no momento da fecundação.

Saiba como ocorre a reprodução:

As minhocas se colocam lado a lado e se unem, com as extremidades opostas, ou seja, orifício genital masculino com receptáculos seminais de cada uma;

Nessa posição, os espermatozoides são liberados diretamente no receptáculo seminal;
As minhocas se separam, cada uma carregando os espermatozoides da outra;
Enquanto isso, os óvulos amadurecem e são eliminados no casulo, formado pelo muco secretado pelo clitelo;

O casulo recobre a região do clitelo e conforme o movimento do animal, começa a se deslocar para a extremidade anterior;
Ao passar pelo receptáculo seminal, os espermatozoides que estavam armazenados são eliminados sobre os óvulos, ocorrendo a fecundação;

Após isso, o casulo termina de se deslocar e desprende-se do corpo da minhoca e fecha-se;
No casulo que foi liberado os ovos desenvolvem-se dando origem as novas minhocas.

Classificação

Os anelídeos são classificados em três grupos, conforme a presença e ausência de cerdas.

Oligoquetas: Apresentam cerdas curtas e em pouca quantidade. São hermafroditas, encontrados meio terrestre úmido ou aquático. Exemplos: minhocas, tubifex e minhocuçu.

Hirudíneos ou Aquetas: Não apresentam cerdas. Vivem em meio aquático ou terrestre úmido. São hermafroditas. Exemplo: sanguessuga.

Poliquetas: Apresentam cerdas evidentes. Vivem em meio aquático. Exemplos: nereis e tubícolas.

 

Nematelmintos

Introdução geral:


Os nematelmintos (do grego nematos: 'filamento', e helmin: 'vermes') são vermes de corpo cilíndrico, afilado nas extremidades.

Muitas espécies são de vida livre e vivem em ambiente aquático ou terrestre; outras são parasitas de plantas e de animais, inclusive o ser humano. Há mais de 10 mil espécies desse tipo de vermes catalogadas, mas cálculos feitos indicam a existência de muitas outras espécies, ainda desconhecidas.

Ao contrário dos platelmintos, os nematelmintos possuem tubo digestório completo, com boca e ânus. Geralmente têm sexos separados, e as diferenças entre o macho e a fêmea podem ser bem nítidas, como no caso dos principais parasitas humanos.De modo geral o macho é menor do que a fêmea da mesma idade e sua extremidade posterior possui forma de gancho. Esses animais são envolvidos por uma fina e delicada película protetora, que é bem lisa e resistente.


Características:



Os nematelmintos possuem uma ampla cavidade cheia de líquido entre o tubo digestivo e a parede corporal. Serve como “esqueleto hidrostático”, que mantém a forma do animal e proporciona alguma sustentação. O líquido que ocupa a cavidade corporal permite a distribuição de várias substâncias, como nutrientes, resíduos e gases.



Digestão – os nematelmintos possuem um tubo digestivo completo, com boca e ânus, permitindo o animal ingerir alimentos que tenham partículas, que são processadas no interior do tubo digestivo.

Revestimento do corpo – possuem uma epiderme uni-estratificada, isto é, formada por uma única camada de células. Tem uma cutícula espessa e pouco distensível, que nos parasitas, os protege da ação das enzimas digestivas do hospedeiro. Sob a epiderme há uma camada muscular, cujas fibras se dispõem longitudinalmente.

Sistema nervoso – do tipo ganglionar, é formado por dois cordões longitudinais, um dorsal e outro ventral.

Sistema excretor – é formado por dois canais longitudinais, dispostos um em cada lado do tubo digestivo.

Reprodução – na cavidade corporal, alojam-se as gônadas: testículos ou ovários. O sistema reprodutor da lombriga é bastante desenvolvido, podendo produzir milhões de óvulos. Não têm nenhum tipo de cílio e os espermatozoides deslocam-se por movimentos ameboides.

terça-feira, 12 de junho de 2018

Platelmintos



Introdução:


Platelmintos são vermes de corpo achatado e de pouca espessura. Na região anterior, correspondente à cabeça, encontram-se estruturas sensoriais. Há diversas espécies de vida livre, que se desenvolvem na água, com poucos centímetros de comprimento, e outras maiores, de meio terrestre úmido. Muitos são parasitas.

Os platelmintos são animais dotados de órgãos definidos. Possuem o mesoderma, uma terceira camada de tecidos localizada entre a epiderme e o revestimento interno do intestino. O mesoderma dá origem a órgãos e sistemas diferenciados, como os músculos, o sistema reprodutor e o sistema excretor. Possuem cavidade digestiva dotada de apenas uma abertura – a boca, que serve tanto para a entrada de alimento como para a eliminação de materiais não digeridos. Trata-se de um sistema digestivo incompleto. Entre os platelmintos encontram-se padrões de reprodução assexuada e sexuada. Além dos platelmintos, estes tipos de vermes, estão distribuídos ainda entre os anelídeos e os nematelmintos.


Classificação:


Turbellaria – planárias

Trematoda – esquistossomos

Cestoda – tênia

Planárias – são animais de vida livre. Há espécies aquáticas, com poucos centímetros de comprimento e outros maiores, de meio terrestre úmido. A Geoplana é uma planária que alcança 20 centímetros de comprimento, vive sob as folhas e pedaços de madeira, sendo muitas vezes confundida com uma grande lesma.

A reprodução das plenárias é assexuada. Tornando-se bastante grandes, algumas plenárias fixam a extremidade anterior a um substrato e sofrem um estrangulamento na região média do corpo. Com isso divide-se em duas partes e cada uma delas gera um novo indivíduo.

A planária ao se alimentar distende sua faringe sobre o alimento e inicia a ingestão. Transcorrida a digestão, os nutrientes são distribuídos pelo corpo por meio de intestino ramificado.


Esquistossomos - parasita causador da esquistossomose ou (barriga d’água) é oSchistosoma mansoni. É dióico e apresenta nítido dimorfismo sexual. O macho possui um canal - o canal ginecóforo, onde a fêmea, mais longa e delgada, permanece alojada. O hospedeiro intermediário é o caramujo, um molusco do gênero Biomphalaria. Os caramujos vivem em águas de lagoas e de córregos com pouca correnteza.

O contato das pessoas com águas contaminadas torna a infecção quase obrigatória. O local da penetração é na pele, podendo apresentar vermelhidão e prurido. A fase aguda da doença pode evoluir de forma grave, com mau funcionamento do fígado, estado de coma e morte. Acredita-se que o parasita causador da esquistossomose, originário da África, tenha chegado à América com os escravos. Apenas nesses dois continentes, e em pequena região da Ásia, a doença é encontrada.


Tênia – parasita do tubo digestivo, conhecida por solitária, uma vez que cada pessoa é parasitada por apenas um exemplar da tênia. Pode chegar a 15 m de comprimento. Não possuem sistema digestivo. Absorvem os nutrientes, previamente digeridos pelo hospedeiro, através da superfície do corpo. Têm ação espoliativa e podem causar deficiência nutricional.


A pessoa parasitada elimina, com as fezes, proglotes grávidas. Essas se rompem no meio externo, liberando ovos. Em condições favoráveis esses ovos mantêm sua viabilidade por vários meses. O hospedeiro intermediário da taenia suginata é o boi; da taenia solium é o porco. A contaminação se dá através da carne crua ou malpassada. No Brasil a taenia solium é a responsável pela maioria dos casos de teníase.




Características Gerais



Os platelmintos, também conhecidos popularmente como vermes, são animais pertencentes ao filo Platyhelminthes, reino Animália e subreino Metazoa. O corpo dos platelmintos é achatado, pois não possuem sistemas respiratório e circulatório. Vivem em locais úmidos e, algumas espécies, parasitam animais (principalmente mamíferos).



Sistema digestivo dos platelmintos



Ocorre de forma intra e extracelular. O sistema é incompleto, apresentando apenas uma abertura em todo sistema. Possuem boca, faringe e intestino.



Sistema nervoso


Possuem sistema nervoso central formado por um anel. Possuem filetes nervosos que percorrem o corpo todo através de ramificações.


Sistema excretor



A excreção é realizada através das células-flama (protonefrídios), que realizam a excreção para a superfície do corpo. Os platelmintos secretam amônia.



Sistema respiratório



Não possuem sistema respiratório. Nos platelmintos de vida livre as trocas são feitas por difusão. Já nos parasitas ela é feita de forma anaeróbica, ou seja, não utiliza oxigênio.



Sistema circulatório



Também não possuem sistema circulatório. Os alimentos são distribuídos pelo corpo através das ramificações do sistema digestivo.



Sistema reprodutor



A reprodução varia de acordo com a espécie. Muitos platelmintos são hermafroditas. Alguns se reproduzem por partenogênese (desenvolvimento do embrião sem fecundação, de forma assexuada). As planárias podem se reproduzir por fissão (ruptura de um pedaço do corpo gerando outro) ou, até mesmo, de forma sexuada .

domingo, 3 de junho de 2018

Cnidários:



Cnidários ou celenterados (filo Cnidaria) são organismos pluricelulares que vivem em ambientes aquáticos, sendo a grande maioria marinha.

Existem mais de 11.000 espécies de cnidários em todo o mundo. Os principais representantes do grupo são as águas-vivas, os corais, as anêmonas-do-mar, as hidras e as caravelas.

Características Gerais


O habitat principal dos cnidários é o ambiente marinho de águas tropicais rasas. Poucas espécies vivem em água doce. Nenhum é terrestre.

Os cnidários apresentam um tipo específico de célula em seus tentáculos, o cnidócito. Essas células lançam o nematocisto, uma espécie de cápsula que contém um filamento com espinhos e um líquido urticante.

O nematocisto é responsável por injetar substâncias tóxicas que auxiliam na captura de presa e na defesa. Em humanos, pode causar queimaduras.

Os cnidários apresentam dois tipos morfológicos, as medusas e os pólipos. Algumas espécies podem apresentar as duas formas em diferentes períodos da vida.

As medusas são representadas pelos organismos natantes, como as águas-vivas. Apresentam um corpo gelatinoso em forma de sino, com tentáculos em sua margem e a boca central.

Os pólipos constituem os organismos sésseis, ou seja, fixos a um substrato. Apresentam formato tubular, como as anêmonas-do-mar. Eles podem viver em colônias ou isolados.

Os cnidários não apresentam sistema circulatório, digestório ( incompleto) e respiratório.



Alimentação
Os cnidários apresentam sistema digestório incompleto, eles não apresentam ânus.

O sistema digestivo dos cnidários é constituído por uma cavidade dotada de uma única abertura. Esse local serve tanto para a entrada de alimentos como para a saída de dejetos.

Ao capturarem o alimento, com auxílio dos tentáculos, o introduzem na cavidade digestiva. Daí, são parcialmente fracionados por ação das enzimas, sendo os nutrientes distribuídos por todas as partes do corpo.

O animal só volta a se alimentar depois de eliminar os dejetos.

Os cnidários são carnívoros. Alimentam-se de partículas em suspensão na água e pequenos animais aquáticos.

Respiração


Os cnidários não possuem sistema respiratório. As trocas gasosas ocorrem diretamente entre cada célula e o meio, através de difusão.
Sistema Nervoso
Os cnidários são os primeiros animais a apresentar neurônios, as células nervosas. Porém, o seu sistema nervoso é bastante simples. É caracterizado por ser do tipo difuso, as células nervosas formam uma rede que fica em contato direto com as células sensorias e contráteis.

Reprodução
Os cnidários podem apresentar reprodução assexuada e sexuada.

A reprodução assexuada ocorre por brotamento. Na superfície do corpo existem brotos que ao se desenvolverem, desprendem-se e originam novos indivíduos. Esse tipo de reprodução é comum em hidras de água doce e em algumas anêmonas marinhas.

A reprodução sexuada é possível graças a existência de cnidários dióicos (sexos separados) ou monóicos (hermafroditas).

Nesse tipo de reprodução, há formação de gametas masculinos e femininos. O macho libera seus espermatozóides na água, os quais fecundam o óvulo feminino, presente na superfície corporal.

Porém, o mais comum é os gametas se encontrarem na água, ocorrendo a fecundação externa. O zigoto se desenvolve e não existe fase larval.

Alguns cnidários podem apresentar alternância de gerações. Eles apresentam uma fase de pólipo, em que apresentam reprodução assexuada e outra fase de medusa, com reprodução sexuada.



Classes

Os cnidários são divididos em quatro classes: Anthozoa, Hydrozoa, Scyphozoa e Cubozoa.
Anthozoa

Anêmona-do-mar

A classe Anthozoa é a com o maior número de espécies. Neste grupo só existem pólipos marinhos. O principal representante do grupo é a anêmona-do-mar, um animal cilíndrico, cuja base é fixa em algum substrato. Na extremidade oposta fica a boca, rodeada por tentáculos flexíveis.

Os corais também pertencem a essa classe. Eles são colônias de pólipos que podem conter até 100 mil indivíduos. Por isso, os corais são caracterizados pela elevada biodiversidade.
Hydrozoa

Hidra

As hidras habitualmente permanecem imóveis, podendo ser confundida com a vegetação, principalmente pela cor esverdeada de seu corpo, a qual se deve pela presença de algas verdes unicelulares no seu interior.

Movimentando seus tentáculos, capturam suas presas, entre elas a pulga d’água. As poucas espécies de água doce pertencem a classe hydrozoa.
Scyphozoa

Água-viva

A água-viva tem um aspecto de um prato invertido, com a boca em posição inferior e as bordas dotadas de muitos tentáculos.

Apresenta de 2 a 40 cm de diâmetro e as mais variadas cores. É móvel e possui o corpo bastante mole. Seus tentáculos não devem ser tocados, pois podem causar queimaduras graves.

Caravela

As caravelas têm uma estrutura flutuante semelhante a uma bolsa de gás, com mais de 20 cm de diâmetro. Os tentáculos podem medir até 9 m de comprimento.

Eles possuem células urticantes, que podem causar uma dolorosa queimadura na pele ou até provocar a morte de alguns animais.
Cubozoa

Os cubozoários são cnidários na forma de medusas de corpo incolor, altamente venenosos. São animais predadores e bons nadadores.

É o grupo menos estudado. Possuem apenas 20 espécies.

O representante mais conhecido é a vespa-do-mar (Chironex fleckeri), o animal com o veneno mais letal do mundo. Acredita-se que a sua toxina seja capaz de matar 60 humanos adultos.




sábado, 2 de junho de 2018

Poríferos:

Introdução:

Porifera é o filo das esponjas que são animais sésseis (fixos em substratos) e assimétricos sem tecidos verdadeiros (sem órgãos e sistemas), tendo, portanto, suas funções básicas desempenhadas por células específicas. São descritas mais de 5 mil espécies em todas as profundidades e sua maioria é bêntica fazendo parte dos recifes de corais. Os poríferos fornecem muitas matérias primas para o homem com compostos anti-tumor, anti-inflamatórios etc.


Sistemática


Existem quatro classes de poríferos. Calcarea, Hexactinellida, Demospongiae e Sclerospongiae. A primeira, Calcarea, são animais de corpo rígido que servem de base para o crescimento de outros animais.

Demospongiae é o maior grupo de esponjas e compreende espécies de diversas formas e tamanhos tendo grandes problemas nas definições taxonômicas.


Estrutura corporal


As células exteriores do corpo (pinacoderme) das esponjas são conhecidas como pinacócitos e as interiores (coanoderme) são os coanócitos, células flageladas, que é umas das características corporais exclusivas dos poríferos, além da habilidade das células mudarem de função facilmente (células totipotentes). A camada do meio tem espículas que servem como defesa e estrutura para as esponjas. A estrutura corporal das esponjas consegue se adaptar a diversos ambientes e alterar a forma também, sendo esta uma vantagem de não se ter tecidos verdadeiros. A coanordeme pode ser simples (porífero asconóide), dobrada (porífero siconóide) ou pode ser subdividida em câmaras (leuconóide).


As esponjas têm uma cavidade corporal central chamada de átrio com abertura para o meio ambiente chamada ósculo. Elas normalmente não têm esqueleto de sustentação, porém quando presente são formados por carbonato de cálcio, colágeno ou dióxido de silicone (que forma as espículas).

Sistema hidrostático


A camada externa tem poros (óstios). A água entra no corpo das esponjas pelos óstios e circula pelos coanócitos trazendo alimento e muitas vezes gametas para as células responsáveis pelas respectivas funções e levando excretas e dejetos para fora do corpo.

Sistema sensorial

Não há nenhuma conclusão sobre a existência ou não de neurônios que transmitem estímulos, porém nota-se a retração do óstio com certos estímulos externos como perigo.

Hábitos


É muito comum a relação de comensalismo (benéfica para um e neutro para outro) entre as esponjas e invertebrados, como camarões, com bactérias, algas. Os invertebrados usam as esponjas para esconderijo, proteção e muitas vezes alimento.


Reprodução Sexuada

A maioria dos poríferos são hermafroditas. Os gametas são originados em células denominadas gonócitos, que derivam dos amebócitos (uma célula pertencente ao filo em questão). Os gametas masculinos (espermatozóides) saem da esponja através do ósculo (abertura principal do espongiocele), para em seguida, penetrar em outra esponja através dos poros, carregada pela corrente de água. Os coanócitos (células ovóides) captam os espermatozóides, transferindo-os para os óvulos, localizados na mesogléia, ocorrendo a fecundação. A maior parte das esponjas são vivíparas, sendo que após a fecundação o zigoto é retido e passa a receber nutrientes da esponja, até haver a liberação de uma larva flagelada, que irá nadar e se fixar em um substrato, originado um novo indivíduo.

Reprodução assexuada


Os poríferos possuem uma extraordinária capacidade de regeneração, podendo se reproduzir através do processo de brotamento externo ou interno, regeneração ou gemulação ou por meio de um broto que dará origem à uma esponja adulta. As esponjas que se reproduzem pelo processo assexuado, possuem o material geneticamente idêntico ao de seu genitor.


Brotamento: o broto formado por amebócitos aparece no corpo da esponja, podendo sair e originar outro indivíduo ou permanecer preso, originando colônias.

Fragmentação: fragmentos de uma esponja, por menores que sejam, podem originar novas esponjas, devido ao seu alto poder de regeneração.

Gemulação: este tipo de reprodução assexuada ocorre necessariamente apenas em espécies dulcícolas. Originam-se gêmulas no interior da esponja (estruturas de resistência). São formadas por células indiferenciadas e cercadas por um rígido envoltório.


Resultado de imagem para corte lateral esponja poriferos

Embriologia:


Introdução:

A embriologia é uma área da biologia que estuda o desenvolvimento embrionário dos organismos vivosou seja, o processo de formação do embrião a partir de uma única célula, o zigotoque originará um novo ser vivo.

A Embriologia estuda todas as fases do desenvolvimento embrionário desde a fecundação, formação do zigoto até que todos os órgãos do novo ser estejam completamente formados. Também são consideradas as etapas anteriores à gestação do embrião, uma vez que influenciam no processo.
Atualmente a embriologia é uma parte da Biologia do Desenvolvimento, e estárelacionada com diversas áreas de conhecimento como a citologia, a histologia, a genética, a zoologia, entre outras. Algumas das especialidades da Embriologia são:   Embriologia humana , Embriologia Comparada (é a área que se dedica a estudar o desenvolvimento embrionário de diversas espécies animais, comparativamente. É importante para os estudos evolutivos;), Embriologia vegetal (estuda os estágios de formação e desenvolvimento das plantas.).

Fases do desenvolvimento do novo indivíduo:
-Gametogênese:


Na gametogênese são formados os gametas a partir de células especializadas chamadas células germinativas, que passam por várias mitoses e se multiplicam. Depois elas crescem e passam pela primeira divisão meiótica, formando células-filhas com a metade dos cromossomos da célula-mãe.

Nos gametas femininos a meiose é interrompida antes de se completar, originando um ovócito secundário e um corpo polar primário bem menor.
O que é Embriologia?

-Fecundação:

Após o ato sexual os espermatozoides lançados dentro do corpo feminino têm de alcançar o ovócito. Quando um espermatozoide consegue penetrar no ovócito secundário é completada a divisão meiótica e o óvulo recém-formado pode ser fertilizado. Na fecundação ocorre a cariogamia, ou seja, a fusão dos núcleos dos gametas e formação do zigoto.


Desenvolvimento embrionário:



Basicamente em todos os animais o desenvolvimento do embrião abrange três fases principais: segmentação, gastrulação e organogênese.
Segmentação: Logo após a formação do zigoto iniciam as clivagens, fazendo aumentar o número de células. As divisões são rápidas e em cerca de uma semana, no estágio de blastocisto, se fixará na parede uterina para dar continuidade ao processo.
GastrulaçãoNessa fase aumenta não só o número de células, como o volume total do embrião. São formados os três folhetos germinativos ou folhetos embrionários (ectoderma, mesoderma e endoderma), iniciando a diferenciação celular que originará os tecidos do corpo.

Organogênese: Na organogênese começam a ser formados os órgãos. Os primeiros são os órgãos do sistema nervoso originados do ectoderma, a camada mais externa. Isso ocorre por volta da terceira semana de gestação.

O que é Embriologia?